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  • carolrodes

O treinamento excêntrico na tendinopatia patelar


É muito frequente vermos pessoas com dor nos punhos, cotovelos ou joelhos dizerem que estão com tendinite (por diagnóstico médico ou até "autodiagnóstico").

A tendinite é uma inflamação dos tendões, muito comum por esforços repetitivos e posicionamentos errados durante a realização de movimentos. Porém muitas vezes, este diagnóstico pode estar errado.

Existem muitos estudos histopatológicos que encontraram alterações degenerativas, e não inflamatórias, em casos de tendinopatias patelares, por exemplo.

A patela é um osso que fica na parte anterior do joelho e se articula com o fêmur, servindo de eixo para aumentar a alavanca de força do músculo quadríceps femoral (que se fixa na patela e continua até a tíbia pelo tendão patelar).

Por ser o principal músculo extensor do joelho, o quadríceps é muito solicitado no nosso dia-a-dia, como no andar, agachar, descer e subir escadas. Sendo assim, se fizermos estes movimentos de forma errada ou em excesso (além do que nosso organismo suporta), estamos sujeitos a ter essa tendinopatia.

A tendinopatia por sobreuso foi caracterizada nos estudos mais recentes como uma lesão degenerativa, com desorganização das fibras de colágeno, caracterizando um processo crônico.

A tendinopatia patelar é muito comum em atletas, e pode estar relacionada aos seguintes fatores:

Extrínsecos:

- cargas excessivas

- erros de treinamento (intensidade e frequência inadequadas)

- superfície de treino

- calçado inadequado

Intrínsecos:

- idade, sexo, peso, altura

- diminuição de flexibilidade e força

- formato da patela

- desalinhamento dos membros inferiores (joelho valgo, varo, hiperestendido...)

- frouxidão ligamentar

O estresse em excesso na articulação, somado à sobrecarga compressiva sobre a patela na flexão do joelho, causa alterações vasculares e rompimento das fibras colágenas, causando dor e degeneração do tendão.

Os exercícios excêntricos auxiliam na reorganização e produção de colágeno, ajudando na recuperação do processo degenerativo.

Além disso, devem ser trabalhados os desequilíbrios biomecânicos do sujeito com tendinopatia, como encurtamentos musculares, fraqueza e desequilíbrio de certos grupos musculares, e desalinhamento das articulações. Este trabalho pode aumentar a flexibilidade, força, estabilidade, alinhamento e performance nos movimentos e gestos esportivos, antes realizados de forma incorreta.

Além da melhora funcional, a diminuição de dor é muito significativa!

Para saber mais sobre esse tipo de treinamento, consulte-nos!

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