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  • carolrodes

Profissional da saúde: quanto você pode cobrar por aula ou atendimento?


Uma dúvida que sempre aparece na cabeça de profissionais autônomos, sejam eles fisioterapeutas, fonoaudiólogos, personal trainers, médicos, psicólogos, professores de Pilates ou Yoga, massagistas ou esteticistas: quanto cobrar por atendimento?

Definir inicialmente o valor de uma sessão é uma tarefa muito difícil, pois não temos o costume de pensar como administradores. Infelizmente, o que mais acontece é que o profissional que ingressa no mercado de trabalho pergunta para alguns colegas de profissão o valor da consulta deles e "faz uma média" desses valores. Cobra um pouco mais se atender em regiões nobres da cidade, um pouco menos se em regiões mais carentes, e assim vai.

ESSE É O MAIOR ERRO NA FORMAÇÃO DE PREÇO DE UM PROFISSIONAL!

É claro que precisamos estar ligados no mundo afora; e saber um pouco dos valores da concorrência é importante. Porém, de forma alguma esta pode ser a base da sua formação de preço. Se continuarmos assim, além da desvalorização de nossas profissões, ainda corremos o risco de pagar para trabalhar.

Nao podemos nos iludir com o valor do cheque que recebemos a cada aula. Achar que ganhamos todo aquele dinheiro está errado e pode arruinar suas finanças.

Para formar seu preço, é preciso considerar diversos fatores:

-tempo de deslocamento: se um cliente domiciliar é muito longe da sua casa ou do cliente anterior/seguinte, perdemos tempo no trânsito e atendemos menos pessoas no mesmo dia. Já pensou que ao atender um cliente muito distante, podemos estar nos comprometendo com 3 a 4 horas do nosso dia? Nesse tempo, você poderia ter 2 ou 3 clientes, e receber o triplo, com menos desgaste físico e emocional? Não só seu salário, mas também a qualidade de seus atendimentos pode ser afetada por este fator.

-material utilizado: fica fácil pensar nessa questão quando usamos alguns itens no nosso atendimento que vão ser utilizados exclusivamente por aquele paciente: luvas, cremes, bandagens etc. Mas também precisamos lembrar de materiais de uso comum entre diversos alunos, mas que ainda assim, sofrem desgaste quanto mais forem usados. Halteres, colchonetes, bandas elásticas, bolas, maca...tudo isso deve ter seu valor computado na formação de preço. São custos variáveis e precisam ser contabilizados: se não for assim, de onde sairá o dinheiro para a compra de um novo material, quando o que tem estragar?

-experiência e diferencial do profissional: os anos de experiência não servem só para acrescentar uma linha no seu currículo. Cursos de diferentes métodos, técnicas ou de aprofundamento na área também não! Se você tem algo a mais para oferecer para o seu paciente, que tornará seu tratamento mais efetivo, não é justo que ele pague um pouco a mais pela resolução mais rápida do seu problema? Sabemos que cursos na área da saúde não são muito baratos, não é? Se os fazemos com forma de investimento em nossa carreira, precisamos ter um retorno.

-despesas não relativas ao atendimento em si: esta categoria é a menos lembrada pelos profissionais na hora de formar um preço. Aqui cabem gasolina e estacionamento (se for de carro), passagem de transporte público (pra quem vai de ônibus ou metrô), e até alimentação na rua caso você emende vários atendimentos e precise comer fora. Se você está estranhando, vamos a um exemplo prático:

Profissional A, cobra 70 reais por consulta. Faz três atendimentos de manhã. Ao primeiro vai de metrô, ao segundo, vai de ônibus. Gastou R$3,80 para chegar ao primeiro, mais R$3,80 para chegar ao segundo. Depois pega ônibus e metrô para chegar ao terceiro atendimento (gasta mais R$5,45), e pausa para almoçar num restaurante próximo, gastando em média R$28,00. Pega o metrô novamente (R$3,80) e atende mais duas pessoas próximas uma da outra. Faz um lanche de aproximadamente R$9,00 e vai pro atendimento da noite de ônibus (gasta mais R$3,80). De lá já está perto de casa e vai a pé.

Esse profissional fez 6 atendimentos, e podemos imaginar que nesse dia ele ganhou R$ 420,00 (6x70,00), certo? Errado! Se descontarmos o valor das passagens e da alimentação, temos uma despesa de R$57,65. Se considerarmos ainda tempo de deslocamento, materiais utilizados e formação do profissional, é possível que este gasto chegue nos R$70,00. Tendo isto dito, você vê que o valor pago pelo último aluno não foi de fato recebido pelo profissional? O último atendimento foi trabalho sem receita para ele. Mas se ele considerasse no mínimo os gastos computados aqui (R$57,65), e dividisse pelos atendimentos do dia, poderia cobrar aproximadamente R$10,00 a mais por cada atendimento para cobrir essas despesas. Só assim, o valor real das consultas seria R$70,00 (de ganho do profissional).

Esta é uma forma bem siplificada de visualizar tudo que precisamos na formação de preço.

Se você se interessa por este assunto e quer planejar melhor seus negócios, acesse o link ou entre em contato. Nós podemos te ajudar!!

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