- carolrodes
O papel da fisioterapia nas fraturas ósseas
Todos nós estamos sujeitos a fraturar algum osso em algum momento da vida, mas é claro que uns estão mais suscetíveis que outros. Isso vai depender da fase da vida (idosos têm geralmente ossos menos resistentes que os das crianças, por exemplo) e da presença de doenças como a osteoporose, que deixa os ossos mais aerados e, portanto, mais frágeis.

Existem diversos tipos de fraturas, sendo eles:

Fraturas por avulsão – uma forte contração muscular separa o tendão do osso.
Fratura cominutiva – osso se quebra em vários pedaços.
Fratura por compressão (esmagamento) – geralmente ocorre nas vértebras. Por exemplo, o corpo de uma vértebra da coluna vertebral pode colapsar por causa da osteoporose.
Fratura com luxação – a articulação se torna luxada (o osso sai do lugar) e um dos ossos apresenta uma fratura.
Fratura patológica – quando uma doença subjacente enfraquece os ossos e provoca a ruptura.
Fratura em galho verde – o osso se deforma, mas não ocorre a fratura. Ocorre nas crianças. É dolorosa, mas estável.
Fratura incompleta – o osso é parcialmente fraturado de um lado, mas não quebra completamente e o resto do osso permanece intacto. É mais frequente entre as crianças, que têm ossos mais elásticos.
Fratura com separação óssea – quando o osso é fraturado e um fragmento se afasta do osso.
Fratura longitudinal – ao longo do eixo do osso.
Fratura espiral- uma fratura onde um pedaço de osso é girado.
Fratura por estresse – mais comum entre os atletas. O osso se quebra devido ao estresse repetido (excesso de sobrecarga ou treino indevido).
Fratura oblíqua – a fratura cresce na diagonal.
Fratura transversa – o osso se fratura transversalmente em relação ao eixo.
Fratura exposta - quando há o rompimento da pele e outros tecidos moles.
Os sinais e sintomas mais comuns de uma fratura são:
Dor
Inchaço
Equimoses, hematoma ou manchas
Mudança na cor da pele ao redor da área afetada
Ângulo do membro (no caso de fratura, um fragmento pode girar ou inclinar em relação ao resto do osso)
O paciente não é capaz de suportar o peso sobre a perna ferida
O paciente não pode mover o segmento afetado
Sensação de crepitação
Hemorragia
Paciente pálido e suado
Tontura e náusea (sensação de desmaio)
O tratamento depende de cada tipo de fratura. Nos casos mais graves, é necessária a realização de uma cirurgia para colocar tudo no lugar. Casos mais leves, onde não acontece o desvio ou a separação considerável, o método de tratamento é mais conservador, usando somente a imobilização da região lesionada (gesso ou órteses).

A fisioterapia é uma parte importante do processo de recuperação do paciente, já que ajuda a controlar o inchaço e as dores através de algumas manobras de drenagem linfática e uso de aparelhos, tanto de analgesia quanto anti-inflamatórios, como o laser e ultrassom, que também aceleram o processo de cicatrização e consolidação óssea. Isso significa que se o paciente estiver com imobilização móvel (talas, robofoot etc.), pode iniciar a fisioterapia imediatamente, e não só após a consolidação óssea.
Além disso, a médio prazo, a fisioterapia deve continuar. Devido ao tempo imobilizado, o indivíduo pode sofrer de rigidez muscular, perda de massa muscular e fraqueza muscular. O profissional de fisioterapia ajudará na recuperação das funções da região afetada, favorecendo a amplitude dos movimentos, e a musculatura envolvida para o membro poder voltar ao normal. O tempo de tratamento depende de como o corpo do paciente responde às atividades proporcionadas pelo fisioterapeuta.

Quer entender mais sobre os casos cirúrgicos? Clique aqui e veja um vídeo sobre o assunto.