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Fisioterapia no Nanismo


Nanismo é a condição de tamanho de um indivíduo cuja altura é muito menor que a média de todos os sujeitos que pertencem à mesma população. Admite-se que se pode chamar de nanismo quando o tamanho de um indivíduo tem uma estatura até 20% inferior à média dos mesmos indivíduos de sua espécie, à mesma idade. Na espécie humana, em termos de adultos, considera-se anão o homem que mede menos de 1,45m, e anã, a mulher com altura inferior a 1,40m .

Segundo pesquisas, no Brasil existem cerca de 20.000 pessoas com nanismo. Um total de 10% dessas pessoas moram na cidade de São Paulo.

A Acondroplasia ou Nanismo Acondroplásico é a forma mais comum de baixa estatura desproporcional. A palavra Acondroplasia vem do grego a (privação) + chóndros (cartilagem) + plásis (formação), ou seja, “sem formação de cartilagem”.

Os nascimentos de acondroplásicos são estimados em torno de um para cada 12.000 partos. É o tipo mais comum de displasia óssea e ocorre entre 0,5 a 1,5 para cada 10.000 nascimentos (Estudo Colaborativo Latino-Americano, 1986).

Percebe-se a presença de baixa estatura desproporcionada, com os membros mais encurtados e o tronco relativamente preservado. Os dedos das mãos são curtos e tem-se uma disposição que lembra um tridente.

A face é muito característica com a fronte proeminente e aumento da circunferência da cabeça. A estatura final do homem com acondroplasia é cerca de 131 cm, enquanto que a da mulher é cerca de 124 cm.

Observa-se também um aumento da curvatura natural da lombar, limitação da movimentação do cotovelo e hipermobilidade de outras articulações, como joelhos e quadril. Deformidades em joelhos também são comuns. A hiperextensão do joelho e instabilidade são praticamente constantes, mas com gravidades muito variáveis. O varo (joelhos e arco) progressivo dos joelhos e dos segmentos mediais das pernas é um complicação extremamente comum, afetando provavelmente entre 60 e 80% de todas as crianças acondroplásicas. De fato, a curvatura geralmente não é apenas no sentido de deformidade lateral, mas também pode incluir torção interna tibial e média instabilidade do joelho lateral. A deformidade de varo tem sintomas que podem incluir dor durante atividades, resistência para caminhar e correr, e diminuição do nível de movimentos.

Na infância, pode haver diminuição do tônus muscular e atraso do desenvolvimento motor (o bebê pode demorar mais tempo para sentar e andar). Em crianças acondroplásicas, pulsos são geralmente hipermóveis. Algumas vezes de forma acentuada. Neste caso, a incapacidade de estabilidade do pulso pode resultar em dificuldades motoras finas e excesso de fadiga para desenhar, escrever ou desenvolver atividades que envolvam o punho.

Outra característica é a extensão do cotovelo limitada. Esta limitação que varia de 20° a 60° de extensão total é comum. Quando apresentar esta complicação a criança pode limitar ainda mais o alcance funcional e encontrar dificuldades maiores em atividades corriqueiras como ir ao banheiro.

Ou seja, além das piadinhas de mau gosto e dos olhares de estranhamento ou pena, o anão tem que enfrentar muitos outros problemas.

A fisioterapia irá atuar na criança com Acondroplasia, primeiramente no atraso de desenvolvimento motor, através de um trabalho de estimulação precoce, para promover as aquisições motoras normais, e de fortalecimento e alongamento muscular para favorecer a marcha e outros movimentos.

Posteriormente o trabalho é direcionado para as orientações posturais e alívio de dores, assim como para o equilíbrio e estabilidade articular, melhorando a sua qualidade de vida.

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