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Síndrome de Haglund


Muitas pessoas já ouviram falar ou já sofreram com um esporão calcâneo na sola do pé, mas poucas pessoas sabem que algo parecido pode acontecer na parte de trás do pé. Quando isto ocorre, temos a chamada Síndrome ou Deformidade de Haglund.

Assim como no esporão calcâneo, ocorre uma deposição aumentada de cálcio no osso calcâneo, para tentar compensar um excesso de atrito ou sobrecarga que esteja acontecendo na região. A causa pode ser o uso excessivo de sapatos apertados, encurtamento do tendão calcâneo por uso contínuo de salto alto (e por isso a doença ocorre mais em mulheres jovens), mas também uma sobrecarga muscular por alto volume de treino, excesso de impacto e alterações do alinhamento e biomecânica do tornozelo (sendo comum então em atletas profissionais ou amadores que precisam de um plano de treino mais adequado).

Para agravar a situação, a espícula óssea que se forma pode ocasionar um atrito e desgaste do tendão de Aquiles, além de inflamação das bursas da região, causando piora do quadro.

Os sinais e sintomas são dor, edema e vermelhidão na região, podendo evoluir para endurecimento do inchaço.

O tratamento inicial visa diminuir os sintomas. Consiste em usar sapatos abertos atrás (ou pelo menos mais moles e folgados na parte do calcanhar) para diminuir a pressão local, gelo e analgésicos para diminuir a inflamação e edema. Nesta fase, a fisioterapia é muito útil pois pode utilizar de equipamentos como ultrassom e laser para tratar mais rapidamente esta inflamação e iniciar a cicatrização do tendão.

Porém a médio e longo prazo, é essencial que seja realizada uma avaliação do fisioterapeuta para definir se há algum desalinhamento postural ou desequilíbrio muscular que esteja causando sobrecarga na região. Neste ponto, são orientados exercícios fisioterapêuticos para como fortalecimentos excêntricos, alongamentos, entre outros (avaliados caso a caso), visando a melhor biomecânica durante as atividades físicas como corrida, caminhada ou outros esportes.

É ainda essencial que o paciente procure acompanhamento profissional para definir uma planilha de treinos adequada para evitar a sobrecarga.

Em casos mais severos, pode ser necessário tratamento cirúrgico.

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