Hoje é o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. E você sabia que elas também podem fazer Pilates?
Quando falamos da deficiência física, falamos de pessoas que tem alguma limitação do funcionamento do sistema físico-motor, esteja ele relacionado a déficit cognitivo ou não.
O Método Pilates para deficientes físicos acaba sendo completo, contemplando e trazendo muitos benefícios às necessidades da pessoa com deficiência, auxiliando em diversos aspectos físicos e mentais. Além de melhorar a saúde como um todo, melhora também a qualidade de vida de seu paciente.
É muito importante que a pessoa sempre seja avaliada antes do início de suas aulas para identificação de suas reais necessidades. É necessário que o corpo e suas limitações sejam respeitados, fazendo um trabalho gradual e com acompanhamento adequado.
Uma recepção, tratamento e aula, baseados no bom senso e compreensão das capacidades do aluno são muito importantes, visando que essa confiança nas aulas e em todo o trabalho desenvolvido no decorrer do tempo será o que nos trará o retorno dos objetivos iniciais.
Um dos principais objetivos do método Pilates, é fortalecer o corpo. Para as pessoas com deficiência, este exercício se torna ainda mais importante, tendo em vista que ele fortalece o corpo, auxilia no equilíbrio dinâmico e o reabilita de forma harmoniosa.
Com os músculos fortalecidos por meio dos exercícios de Pilates, os deficientes melhoram suas funções para as atividades diárias, melhorando também sua coordenação motora, postura, equilíbrio e flexibilidade, o que reflete em todas as suas atividades do dia-a-dia, inclusive na sua socialização.
O exercício não é só um aliado na parte motora do corpo do deficiente, mas também da sua autoestima. Mesmo os que precisam de auxílio para realizar os exercícios sabem que eles são responsáveis pelos cuidados com o próprio corpo. Sendo assim, alguns exercícios, quando praticados diariamente, geram autonomia e bem-estar.
Relembrando que muitas vezes devemos focar no funcional, e trabalhar o que o aluno faz com facilidade e não apenas nas suas dificuldades. Trabalhar com exercícios associados com as suas atividades de vida diária, usar movimentos funcionais do corpo e equilíbrio, por meio de estímulos verbais, visuais e motores, além de estímulos de palpação e toque para tornar a aula o mais completa possível.
Conversar, acolher este aluno é essencial! Isso já é feito com aluno sem deficiência, e no caso do aluno com deficiência deve ser feito também e com um acolhimento ainda maior caso necessário.
É importante ressaltar que o Método Pilates é aliado no processo de reabilitação e pós-reabilitação nos casos de pós-cirurgias, lesões, complicações genéticas e articulares, inclusive os transtornos neurológicos decorrentes ou causadores da deficiência.
Os movimentos realizados durante o Pilates agem no corpo de forma integrada e individualizada, sendo uma opção muito interessante no processo de reabilitação.