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Artrose? E agora?

A artrose é uma doença articular degenerativa relacionada ao desgaste da cartilagem.


Acomete mais comumente a articulação do joelho, em indivíduos a partir dos 30 anos, e aumentando sua incidência após os 50 (embora nem sempre apresente sinais e sintomas). Está, portanto, na grande maioria dos casos, relacionada ao envelhecimento.


O processo de adoecimento articular se caracteriza por uma erosão progressiva da cartilagem que leva à diminuição do espaço articular, que pode gerar osteófitos e/ou cistos, causar alterações ósseas próximas à articulação e inflamação, levando a um quadro de dor com consequente diminuição da funcionalidade do joelho.



Quando diagnosticados com artrose do joelho, os pacientes comumente entendem que não poderão mais se movimentar como antes ou realizar atividades físicas que antes faziam parte da sua rotina. Passam a proteger excessivamente a articulação, evitam situações que os exponham a necessitar mais do movimento da articulação, passam a ter medo do movimento e a crer que a inatividade é o melhor que podem fazer para melhorar as dores causadas pela artrose.

O diagnóstico de uma artrose realmente define um futuro sem movimento?

A resposta que os estudos nos trazem hoje em dia nos leva exatamente para o caminho oposto à inatividade!



O exercício se mostra fundamental para um bom prognóstico: a diminuição de força e ativação da musculatura faz com que a carga intra-articular aumente, aumentando o quadro de dor e inflamação, acelerando mais ainda o processo degenerativo. Quanto mais parados ficamos, mais os músculos tendem a enfraquecer, mais dor é gerada, a dor inibe mais a musculatura e o ciclo continua.


Além disso, a inatividade pode gerar sobrepeso, que também está relacionado ao aumento da carga intra-articular!

Essas são algumas (boas) razões que justificam a importância da manutenção da atividade física para pacientes com artrose!

“Mas eu sinto muita dor quando me movimento!”


A fisioterapia possui inúmeros recursos para aliviar as dores e melhorar a função antes de inserir o paciente à práticas físicas mais regulares.

Geralmente o tratamento se divide em fases que irão depender do quadro de dor e inflamação em que o paciente se encontra.

Em casos onde o quadro é pouco estável e existe grande queixa de dor, trabalhamos inicialmente para atingir a diminuição dos quadros álgico e inflamatório. Essa fase pode incluir o uso de recursos de termofototerapia (ultrassom, laser), técnicas de terapia manual, mobilização passiva e ativa do joelho, e eletroterapia (que pode ser usada tanto na redução da dor, quanto no auxílio da ativação muscular). Tudo respaldado pela ciência!


A partir da redução do quadro de dor (que pode ser oscilatório ao longo do processo de reabilitação), são introduzidos exercícios de forma gradual, focando nas principais necessidades e trabalhando cada vez mais a funcionalidade nas atividades terapêuticas propostas.


Com os músculos do joelho, quadril e CORE (sim! Todos eles ajudam!) fortalecidos, funcionando em sinergia na estabilização do joelho, o paciente está apto a introduzir gradualmente inúmeros tipos de atividades físicas e recreacionais, levando uma vida normal, saudável e ativa!

O exercício físico é fundamental para um envelhecimento saudável e independente!

Movimente-se!




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