A fáscia plantar é uma membrana de tecido conjuntivo que recobre a musculatura dos pés desde o calcanhar até a base dos dedos. Ela ajuda na absorção e dissipação de energia relacionados ao impacto, possibilitando uma melhora adequação do pé no solo durante o apoio – de acordo com o estímulo recebido, ela gera maior mobilidade ou maior rigidez para que ocorra essa adequação.
A fascite (ou fasceíte) é uma lesão inflamatória da fáscia plantar, que pode ocorrer por causas externas ou internas do indivíduo. Dentre algumas das razões pelas quais a fascite se desenvolve, temos como exemplo excesso de rigidez ou excesso de mobilidade do arco plantar. Ambos extremos podem prejudicar: no primeiro caso, a capacidade de dissipação do impacto é ineficiente provocando grande estresse mecânico na fáscia; no segundo caso, a mobilidade excessiva pode gerar maior tensão na fáscia. Alterações de função em articulações como quadril e joelho também podem estar associadas ao quadro de fascite.
Além disso, a sobrecarga (excesso de peso, de atividade física excessiva sem preparo, etc) também está associada à degeneração da fáscia.
O principal sintoma é de dor intensa na sola dos pés principalmente pela manhã ou após atividades específicas como ficar em pé por tempo prolongado. Também podem estar associados edema (inchaço) e eritema (vermelhidão).
Como tratar?
O tratamento da fascite pode incluir melhora da mobilidade dos pés, alongamento e liberação miofascial da musculatura da panturrilha, exercícios de fortalecimento dos músculos que suportam o arco plantar ou até mesmo da musculatura de articulações como joelho e quadril.
Tudo depende de uma avaliação fisioterapêutica bem direcionada.
O prognóstico de recuperação costuma ser bom na maioria dos casos, e tem resultados mais rápidos conforme menor cronicidade e tempo de lesão.
E aí, vamos cuidar dos pés?!