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Pronação do pé e corrida

A corrida é uma atividade cada vez mais popular e, com o aumento crescente do número de corredores, diversas dúvidas vão surgindo, desde a busca por uma forma ideal de correr, ao melhor tipo de tênis.



Existem muitos movimentos que acontecem naturalmente no nosso corpo durante determinadas atividades, ao mesmo tempo que uma alta disseminação de informações divergentes sobre eles, o que deixa a população que pratica atividades físicas preocupada com mínimas alterações no padrão desses movimentos.


Partindo daí, pensando nos temas populares quando se trata de corrida, o que é a pronação?


Pronação é um movimento natural do pé que acontece durante a marcha, quando o peso corporal está todo em cima de uma perna só, e o arco do nosso pé sofre uma pequena “queda” para dentro, ficando mais próximo do chão.


Nosso pé tem 26 ossos, e esse número elevado de ossos permite que exista boa mobilidade nos pés e proporcione boa absorção de impacto. A pronação é justamente o movimento que acontece para que os pés se adequem melhor as irregularidades do solo, absorvendo o impacto do contato da sola com o chão, e ela vai acontecer sempre, em menor ou maior grau.


1. Pronada: quando ocorre aqueda excessiva do pé para dentro

2. Supinada: quando o tornozelo “vira mais para fora”

3. Normal: a lateral do pé toca o chão primeiro, e depois o pé prona suavemente para absorver a carga do atrito.



O tipo de pisada tem relação (além de outros fatores associados ao próprio tornozelo, joelho e quadris) com a mobilidade dos pés. Algumas pessoas possuem maior ou menor mobilidade dos pés, e acreditava-se que pés mais rígidos causavam determinadas lesões, enquanto pés móveis demais, outras lesões. Mas isso não necessariamente se aplica.


Lesões que não são agudas (que se desenvolvem aos poucos) tem origem multifatorial, e essas diferenças biomecânicas são apenas um dos fatores relacionados ao desencadeamento das lesões. Além das questões biomecânicas temos, por exemplo, excesso de carga, elevação abrupta de carga, descanso insuficiente, pouco tempo e qualidade de sono, alimentação e ingestão hídrica insuficientes, etc.


Portanto, quando se fala da pronação do pé, ela pode acontecer em graus mais elevados e não ocasionar nenhum tipo de lesão, ou estar sim correlacionada com o desenvolvimento ou a piora de determinadas lesões. Alguns estudos associam maior risco de desenvolvimento de lesões do estresse tibial (a famosa canelite), e dor femoropatelar (dor anterior do joelho), mas entendemos cada vez mais que fatores isolados não são causadores de nenhum tipo de lesão não traumática.


Ou seja, um indivíduo que tem uma pronação acentuada (uma pisada pronada) não necessariamente vai desenvolver essas lesões, pois pode ser que nenhum dos outros fatores citados anteriormente estejam relacionados, por exemplo! Além disso, temos que entender a particularidade de cada um e avaliar o que pode representar risco ou não em cada caso.



Quando há ausência de dor, não há porquê se preocupar e nem porque parar de correr. Em casos de corredores que desejam melhorar seu desempenho, aumentar a carga de treino ou prevenir lesões, vale fazer uma avaliação biomecânica de corrida e identificar o que pode ser melhorado. Em casos em que haja dor ao correr, é essencial procurar um fisioterapeuta especializado para realizar o tratamento adequado de acordo com as especificidades individuais.

Você tem dor ao correr? Quais suas dúvidas e “crenças” relacionadas à pronação do pé na corrida?


Conta pra gente!




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