Segundo o MEC, a educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica. Vários estudos comprovam que crianças e adolescentes praticantes de esportes e fisicamente ativos têm a capacidade de aprender sensivelmente melhorada. Isso por si só já justifica o esporte na escola.
Em tese, a aula deveria ser constituída, não só por atividades esportivas, mas também por atividades que trabalhem o condicionamento e aptidão física dos alunos de forma completa, incluindo a consciência corporal e a coordenação motora, flexibilidade, força, resistência, flexibilidade, equilíbrio, agilidade, reflexo, capacidade cardiorrespiratória, entre outros. Além disso, a educação física tem uma função que vai além do desenvolvimento técnico em determinados esportes. Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais, a disciplina deve incorporar as dimensões afetivas, cognitivas e socioculturais dos alunos.
Porém, pesquisas apontam que a prática esportiva é predominante nas aulas de educação física. Desde a paixão nacional, o futebol, até o vôlei, o handebol e o basquete, de forma geral são os esportes coletivos que se sobressaem na disciplina. O que acontece na prática, muitas vezes, é que muitos professores acreditam que só deixar uma bola com os alunos já é o suficiente e o esporte basta.
Sendo assim, além de o aluno não conseguir desenvolver-se como deveria, em todos os fundamentos anteriormente citados, aqueles que não têm aptidão para certos esportes, como o futebol, por exemplo, são, de certa forma, deixados de lado e negligenciados, o que muitas vezes afeta a autoestima da criança, já que isso pode levar à exclusão social e à pratica de bullying por parte dos demais colegas. Assim, ao invés de a aula ajudar, ela pode piorar a qualidade de vida da criança.
Muitos pais, por conta disso, optam por matricular seus filhos em atividades extracurriculares fora da escola. Uma dessas atividades escolhidas pode ser o Pilates, já que ele trabalha com a criança, de forma lúdica e divertida, todos os fundamentos necessários para um bom condicionamento físico e saúde geral.
Por que não mudar, então, a cultura da aula de educação física precária existente no Brasil e já incluir na grade atividades mais completas como o Pilates?